[...] Ora, quando se olha para os evangelhos, e se sabe que em Jesus estava a Interpretação da Palavra — não apenas em Suas palavras, mas em tudo o que fazia —, vê-se, por simples comparação, a quantidade enorme de fabricações humanas acerca de “Deus”, de “Jesus”, da “Igreja”, da “Bíblia”, da “Eclesiologia”, da “Escatologia”, da “Sotereologia”; e de um monte de coisas tidas como “sagradas”; mas que nada mais são do que construções humanas, e que ganharam o peso de “interpretação autorizada”. Ora, é por essa “cartilha-catecismo-humano”, que tem-se que enxergar Deus, Jesus, a Verdade, e qualquer outra coisa; posto que, supostamente, fora dessa câmara de pensamentos feitos “divinos” por reis e teólogos-filósofos a serviço dos principados humanos — com seus muitos e variados interesses de poder, e que, pela ignorância ou pela mera insegurança pagã nos possuíram a alma —, nada se pode crer ou saber; visto que tais “santas produções”, ganharam no coração da maioria o status de “sã doutrina”. Assim, tem-se a Escritura; porém, mesmo que se mande que se a leia em casa, não se permite que tal liberdade vá além da leitura do livro, de modo mágico, devocional (na melhor das hipóteses); pois, de fato, é somente o “interprete credenciado” pela oficialidade religiosa quem, alegadamente, de fato sabe o que Deus disse ou não; e isto sempre conforme o “Jesus” criado pelos homens; e à semelhança do Messias construído no imaginário dos judeus dos dias de Jesus; a ponto de que até os Seus discípulos guardaram as “certezas antigas” de triunfo-messiânico-imediato, conforme a religião; apesar de Jesus lhes haver dito que AGORA não seria assim. Este é o poder devastador e frustrante de tais produções, quando tomam o lugar da Palavra em nós.
Gostaria que você se perguntasse o quanto do que você pensa que sabe e crê do ou no Evangelho, é algo que vem direto da interpretação da Palavra vista em Jesus por você; e o quanto é fruto da “invenção de Cristo”, conforme os dogmas e doutrinas da religião.
Você tem essa coragem?
Via Blog do Caminho !