Mostra-me, então, a tua “pregação” e a “tua igreja” sem amor, e, eu, sem “igreja” e sem “pregação”, com amor, te mostrarei a Pregação e a Igreja.
É um privilégio conhecer o Evangelho quando se o vive. Mas é uma desgraça saber dele para não vivê-lo, embora se admita a sua verdade.
Jesus disse que muitas “obras missionárias” podem ser atividades do diabo e do inferno!
Ele disse isto quando afirmou que os fariseus rodeavam o mundo querendo “clonar pessoas” à sua imagem e semelhança farisaica, tornando-as, por tal razão, duas vezes mais filhas do inferno do que eles mesmos [Mt 23].
Isto aconteceu milhões de vezes na história e está acontecendo hoje, aos milhões também, que é quando a pessoa era melhor antes de virar “cristã”.
Gente ruim, quando se “converte”, tende a ficar muito pior depois de um tempo, especialmente quando vêem na “hipocrisia” dos outros o álibi perfeito para fazer a maldade sob o manto da piedade.
Entretanto, já vi muita gente boa e simples ser enfeiada pela suposta “conversão”. É quando a religião chega para dar cabo das espontaneidades da vida sem religião, mas que era pura no exercício do amor, conforme a luz que se tinha.
É por isto que qualquer que seja a experiência com a “informação do evangelho” que não se faça acompanhar de fé, põe o individuo exposto à “informação” em estado muito pior do que o anterior. Pedro diz que é como a porca que volta à lama e o cão ao vômito.
Pouca gente sobrevive à tentação de apenas amar amando ante a “tranqüilidade” advinda da falsa segurança de fazer parte do “grupo que diz amar”.
É assim que as doutrinas e credos são criados. É assim que os concílios são inventados. É assim que organizações de amor são geradas. É assim que éticas são desenvolvidas e discutidas. É assim que uns se tornam melhores do que outros aos seus próprios olhos. É assim... — que tudo fica assim...
Para muitos o que digo é uma super-redução. Mas para quem sabe o que amor é, mesmo que seja um Forrest Gump, o que digo diz tudo o que importa na vida e aos olhos Daquele que vê.
Nele, que é apenas Amor,
Caio
8 de julho de 2008
Lago Norte
Brasília-DF
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