sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Doações Enchente 2008
Nessa semana também foi aberta conta no Banrisul, agência 0131 (Blumenau) conta 06.852725.0.5, Favorecido Fundo enchente 2008 SC.
Segue teu próprio caminho...
Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor?
Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este?
Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te
importa?
Quanto a ti, segue-me.
João 21:20-22
Pouca gente tem coragem de perguntar "quanto a mim". A maioria apenas quer saber dos outros.
A questão pode parecer piedosa. "Quem é o traidor?" Ou pode soar suavemente ressentida. "E quanto a este?" — mas o que se quer, pela pergunta que não é "quanto a mim", é usar o amor recebido a fim de granjear privilégios de informações que são apenas fruto da intimidade com um outro-mais-poderoso do que nós; ou então tem a ver com comparar o destino dos outros com o nosso.
No primeiro caso encontra-se com a mais sutil vaidade. No segundo com uma sutil forma de ressentimento que busca comparações.
Ora, João sabia por si mesmo que não era o traidor. E Pedro sabia que era amado, e que poderia cuidar das ovelhas de Jesus, apesar de o haver traído. Mas quem resiste querer saber sobre o destino alheio? Sim, especialmente quando se tem a liberdade de deitar sobre o peito de Jesus, à semelhança de João; ou mesmo quando se o ouviu dizer que nós, apesar de perdoados, ainda encontraremos a nós mesmos em fraqueza, sendo guiados para onde não se quer, sem controle sobre as circunstâncias? — como era o caso de Pedro em particular.
Assim é o coração humano em estado natural, por melhor que seja. Quer saber acima dos demais, esteja alegre ou triste.
Não basta que no coração se saiba quem se é; pois sempre se quer saber sobre o outro!
Sim, parece que o destino dos outros é o que referenda quem somos, e não quem de fato se é.
A cura que Jesus propõe é simples. Ele nos faz nos interessarmos por nosso próprio caminho; pois, somente assim teremos coração para cuidar de nós mesmos e dos outros — e não do destino alheio — sem o espírito que se envaidece quando o nosso caminho parece mais fofo; e nem com o coração que só se sente amado se o destino dos outros for pior que o nosso, do nosso ponto de vista.
Portanto, que ecoe para sempre em cada de nós a afirmação de Jesus: "Quanto a ti, segue-me".
Aqui reside a saúde de nosso caminhar, seja o que for o que nos aguarde. Seja como a longevidade de João, com o mito de que ele não morreria; ou como o caminho de Pedro, com a certeza da fraqueza e da morte.
Sim, que te importa? Ou o que me importa?
O que importa é apenas o "quanto a ti" dito por Jesus a nosso respeito; e, conseqüentemente, nossa disposição de perseverar em nosso próprio caminho Nele — que é o Caminho de todos nós.
Caio
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Livro “Bono: In Conversation With Michka Assayas”.
A conversa entre Bono e Assayas aconteceu devido ao ataque terrorista em Madri, onde foram colocadas bombas em um trem no ano de 2004, deixando 1800 pessoas feridas e 191mortas.
Os dois estavam discutindo como o terrorismo é carregado pela religião quando Bono começou a falar do cristianismo, expressando sua preferência pela graça de Deus sobre o “carma”, mostrando sua visão apologética da morte de Cristo e sua clara mensagem sobre a palavra de Deus.
Bono: A minha compreensão das escrituras foi feita simplesmente pela pessoa de Cristo. Cristo ensina que Deus é amor. O que isso significa? Significa para mim um estudo sobre a vida de Cristo. Amor aqui é descrito como uma criança nascida num lar pobre, vulnerável e sem honra. Eu não deixo minha religião muito complicada. Bem, eu penso que eu conheço quem é Deus. Deus é amor e quanto mais eu falo deste amor, mais eu permito ser transformado pelo amor e agir por esse amor, que é minha religião. As coisas se tornam complicadas quando eu tento viver esse amor. Não é fácil.
Assayas: E o Deus do Antigo Testamento? Ele não era tão “paz e amor”?
Bono: Nada afeta a minha visão de Cristo. O evangelho mostra uma figura de exigência, às vezes até dividindo o amor, mas mesmo assim, continua sendo amor. Eu acredito no Antigo Testamento como um filme de ação: sangue, carros se batendo, efeitos especiais, o mar se abrindo, assassinatos, adultérios, a criatura de Deus com desejo de matar, rebelde. Mas a maneira que eu vejo uma relação de Deus é como um amigo. Quando você é criança você precisa de instruções e regras. Mas com Cristo, nós temos acesso a um relacionamento mais íntimo, enquanto no Antigo Testamento, a relação de adoração era mais vertical. No Novo Testamento, por outro lado, nós olhamos para um Jesus familiar, horizontal. A combinação é o que faz Ele na cruz (o credo da cruz).
Assayas: Falando sobre filmes de ação, nós falávamos sobre a América Central e do Sul, em nossa última conversa. Os jesuítas falavam sobre a palavra de Deus com uma mão trazendo a Palavra e a outra uma arma.
Bono: Eu sei, eu sei. A religião pode ser inimiga de Deus. Isso acontece quando Deus, assim como Elvis, sai da jogada (risos). As instruções foram ditas e dogmas são seguidos em uma congregação liderada por um homem, em que ele e os outros são guiados pelo Espírito Santo. O problema é quando a disciplina substitui o discipulado. Por que você está me atirando isso?
Assayas: Eu estava imaginando se você disse tudo isso ao Papa no dia em que você o encontrou.
Bono: Não sejamos tão duros com a igreja romana aqui. A igreja católica tem seus problemas, mas quanto mais velho eu fico mais estímulo eu encontro aqui (para lutar pelo que é certo). A experiência de estar em uma multidão de pessoas humildes, oprimidas, de pessoas que oram murmurando…
Assayas: … Então aí você não seria tão crítico.
Bono: Eu posso criticar (a igreja católica). Mas quando eu vejo irmãos e irmãs ajudando no trabalho de AIDS na África, padres e freiras ficando doentes e pobres por estarem dando de si pelas vidas na África, eu sou menos agressivo.
Um pouco mais tarde na conversa:
Assayas: Eu acho que estou começando a entender religião porque eu estou agindo e pensando como um pai. O que você acha disso?
Bono: Eu acho que é normal. É a mente se transformando com conceitos de que Deus, que criou o universo, pode estar querendo companhia, um relacionamento de verdade. Mas o que me deixa ajoelhado é a diferença de graça e carma.
Assayas: Eu nunca ouvi você falar disso
Bono: Eu acredito que nós somos movidos pelo carma, mas um nos move pela Graça.
Assayas: Eu não entendi
Bono: A idéia de todas religiões é o carma. Sabe, o que você fala volta pra você, olho por olho, dente por dente, ou na física, toda ação causa uma reação. É muito claro para mim que o carma é o coração do universo. Eu tenho certeza absoluta disso. Mas aí surge uma idéia chamada Graça, em que mesmo com o “tudo o que você planta, colherá” desafia a razão e a lógica. O amor “interrompe” as conseqüências de suas ações (com o perdão), que no meu caso é algo muito bom, pois eu faço muitas besteiras.
Assayas: Eu ficaria interessado em ouvir isso
Bono: Isso é entre eu e Deus. Mas eu teria grandes problemas com carma se ele definisse meu julgamento (seria condenado). Estou me mantendo pela Graça. Creio estar livre, pois Jesus levou todos os meus pecados na cruz, porque eu sei quem eu sou e espero não depender da minha religiosidade.
Assayas: “O filho de Deus que tira o pecado do mundo”. Eu queria acreditar nisso.
Bono: Mas eu amo a idéia do sacrifício de Cristo. Eu amo a idéia de Deus dizer: “Olhem seus cretinos, terão conseqüências o que vocês estão fazendo, vocês são muito egoístas e são pecadores por natureza e, vamos encarar, você não está vivendo uma vida muito boa, está?” E existem conseqüências para os atos. A idéia da morte de Cristo é que Cristo levou os pecados desse mundo, então ele (o pecado) não pode mais habitar em nós, e a nossa natureza pecaminosa não nos levará para a morte. Esta é a idéia. Isso deveria nos fazer mais humildes… não é por sermos bons que vamos para o paraíso.
Assayas: É uma grande idéia, e não estou negando. Esperança é algo maravilhoso, até mesmo quando parece ser alucinação, em minha percepção. Cristo tem seu status ao redor do mundo nos maiores críticos e pensadores. Mas o “Filho de Deus”, isso não é um pouco forçado?
Bono: Não, isso não é forçado para mim. Olhe bem, a história de Cristo como não sendo ligada a religião sempre é vista assim: Ele era um grande profeta, um rapaz muito interessante, tinha muito o que dizer de importante até para outros profetas. Mas na verdade Cristo não permite dizer isso. Cristo diz: “Não, eu não estou dizendo que eu sou um professor, não me chamem de professor. Eu não estou dizendo que sou um profeta. Eu digo: “Eu sou o Messias”. Eu digo: “Eu sou Deus encarnado”. E as pessoas dizem: “Não, não, por favor, seja somente um profeta. Um profeta nós conseguiremos aceitar”.
E Bono diz mais tarde, como considerar Jesus:
Bono:… Se nós pudéssemos ser um pouco mais como Ele, o mundo seria transformado. Quando eu olho para a Cruz de Cristo, o que vejo é que lá estão todos os meus pecados e os pecados de todas as pessoas do mundo. Então eu pergunto a mim mesmo uma pergunta que muitos fazem: Quem é esse homem?
Fonte: DotGospel
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
A BÍBLIA É BABEL
A hermenêutica evangélica da Bíblia hierarquiza o texto sagrado dividindo-o em patamares de estilo e valor: o texto normativo e o narrativo. Por ser uma escrita escorregadia, marcada pelas singularidades e obscuridades das experiências humanas, o texto narrativo precisa ser iluminado pelo texto normativo, aquele que discorre sobre Deus e doutrina a vida do crente. Sendo assim, grande parte dos evangelhos e do Livro dos Atos dos Apóstolos careceria ser interpretada com o auxílio preciso das Cartas Apostólicas. Também se sujeitariam a estes os poéticos e apocalípticos. Afinal de contas, o que fazer com o sorteio que define a vontade de Deus para a substituição no colégio apostólico, ou com a quantidade exorbitante de vinho providenciada pelo festeiro Nazareno transformando água em vinho? Os narrativos escandalizam, os normativos devolvem a ordem.
Esta compreensão hierarquizada da Bíblia já é uma “ginástica” conceitual para administrar a violência imposta à vida humana ao submetê-la a uma autoridade carente de dinamismo, à força fria do que está escrito. Os textos narrativos, maioria sugestiva da Bíblia, são repletos de ambigüidades, contradições, tensões, becos sem saída e imprecisões, porque são o retrato da vida de homens e mulheres que experimentaram Deus em épocas e culturas próprias. Da mesma forma que o discurso religioso quer sujeitar a vida ao texto bíblico, sua hermenêutica obriga-se a calar a polifonia irresistível dos textos narrativos com a mordaça dos chamados textos normativos.
Como se já não bastasse a hercúlea tarefa de arranjar a “Bíblia” de forma a maquiar suas imprecisões textuais e sua distância cultural em relação ao leitor, impõe-se ao crente arranjar sua vida de forma a encaixá-la na moldura das Escrituras, ou pelo menos dar esta impressão. Entenda o enquadramento da vida pelas Escrituras pelo que delas se compreende e se institui como fiel interpretação. Assunto com que já nos ocupamos em textos anteriores a este.
Acredito que precisamos ampliar o alcance da doutrina cristã da encarnação. O Deus que se fez gente deveria ser a mais importante chave de compreensão da Bíblia. Sendo assim, podemos entender o gesto de se esvaziar da condição acima da vida para assumir a condição humana de viver como a rendição de Deus à única realidade em que o que diz à humanidade pode fazer sentido, na vivência.
A Palavra de Deus se enche de sentido no Verbo Encarnado. O Verbo Vivo não mata a vida para se impor como doutrina. “O ladrão vem para roubar, matar e destruir”. Doutrina que não se vivencia assalta a vida. Mas a Palavra encarnada é a que vivencia radicalmente a existência humana e nela promove a vida intensamente. (Jo 10.10) O movimento divino de encarnação é um ato libertador. É negação de qualquer fala que se desconectou da vida para a sua afirmação redentora. Antes de dizer, desdizer.
Talvez por isso Jesus tenha usado com freqüência as locuções “Ouvistes o que foi dito aos antigos (…) eu, porém, vos digo que (…)” (Mt 5.22-44) Um Deus encarnado precisa dizer de novo. Reinterpretar o que sempre disse, pois fala de dentro da dinâmica existencial dos viventes. Fala com cheiro, com timbre, com cara, com batimentos cardíacos, com cultura e história, é a Raiz de Jessé, o Filho de Davi. Judeu nazareno oprimido pelos romanos. É provavelmente carpinteiro, certamente pobre. É filho de Maria, primo de João Batista. É “comilão e beberrão”. É rabi. É o filho do homem. É gente. Tem que desdizer e dizer de novo.
Acredito que foi por isso que Jesus suspendeu a prática do jejum em determinado momento, rito previsto e normatizado na Lei, negando qualquer sentido ao jejum na “presença do noivo” Como também colocou o Sábado a serviço da vida humana e a libertou de seu senhorio desastroso: o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. A vida é sagrada e não o mandamento do sábado. A Bíblia foi feita a partir da vida humana e não a vida humana a partir da Bíblia. A Bíblia sagra-se na vida.
Jesus re-significou a lei diante da mulher flagrada em adultério. A célebre pergunta “quem não tiver pecado atire a primeira pedra” seguida do perdão nada mais foi que a vida legislando sobre a Lei. Silenciou a opressão da palavra que acusa e condena e deu voz ao perdão e à esperança. Jesus é a vida se impondo sobre a letra. Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? Tão pouco eu te condeno. Vá e abandone a vida de pecado.”
A grande pressão sofrida por Jesus, sua maior tentação, foi a de inverter a relação. Violentar a vida impondo sobre ela as regras vindas do alto. Ao que respondeu com uma metáfora. “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”. (Jo 12.24) Mesmo diante da morte previsível, Jesus se nega a jogar com outras regras que não as da vida. As únicas que poderiam produzir muito fruto. Regras acima da vida fariam a palavra de Jesus uma palavra solitária, sem sentido. A palavra encarnada na vida, inclusive na possibilidade previsível da morte, é solidária, é comunhão, são muitos frutos, tem muito sentido. O mundo é reconciliado com Deus apenas na palavra que frutifica no solo da existência humana.
É por isso que o pregador que vocifera promessas de milagre precisa deixar o púlpito e freqüentar os quartos de hospitais onde esperam pelo último suspiro centenas de enfermos. Gente que nunca experimentará a tal “fé” que produz milagres. Pela mesma razão lamento a dor, mas celebro a oportunidade de ter a companhia de pastores que experimentaram o fim do casamento. Eles sim têm o que dizer sobre a interpretação de textos bíblicos a respeito do divórcio e novo casamento. Festejo a globalização e o acesso em tempo real aos fatos do mundo, pois enquanto reclamamos de Deus um jeitinho para os nossos mínimos problemas somos também constrangidos pelos campos de refugiados em Darfur.
Não tenho dúvida de que essa necessidade de alçar o texto bíblico acima do mundo vivido é uma manobra de perpetuação de poder, ou seja, da religião instituída. Apenas a instituição teme a leveza da vida humana, sua imprevisibilidade a ameaça, seu descontrole a esvazia, sua circunstancialidade a relativiza. Por isso o texto precisa emoldurar a vida humana e confirmar a relevância da religião organizada. Não consigo parar de repetir que a Bíblia que se posiciona acima da vida é sempre a imposição de uma interpretação dela e nunca ela mesma.
A Bíblia em si mesma é a sabotagem divina à sistematização dos amantes do poder. A Bíblia é Babel. A confusão de línguas e histórias impedindo a divinização dos edifícios. Babel é a vida liberta por Deus das amarras hegemônicas dos poderosos. A Bíblia é Deus confundindo os esforços cartesianos de aprisionamento da verdade. A Bíblia é Deus libertando a vida das razões absolutizantes. A Bíblia é Deus babelizando os poderosos e espalhando a verdade por tantos viventes quantos haja. A Bíblia é tão narrativa quanto à vida. E tão desorganizada, imprevisível, imprecisa, surpreendente e contraditória quanto a vida de qualquer um de nós.
E é justamente porque a Bíblia se parece muito com a vida humana que tem muito e sempre o que dizer à humanidade. Sendo um livro essencialmente narrativo é Deus falando enquanto vivemos.
Gadamer fala da compreensão como um jogo. Um jogo dialógico e dinâmico. Como em um jogo, só se compreende bem algo, suas regras e funcionamento, a medida que é vivenciado. Aprendemos um jogo não quando lemos suas regras, mas quando o jogamos. Aí sua dinâmica é apreendida. Ninguém aprende a jogar a partir de uma manual de regras, mas a partir do jogo mesmo. Porque um jogo é muito mais que as regras de seu funcionamento. É intuição. Discernimento. Interpretação. Improviso. Imaginação. Só então as regras do jogo fazem algum sentido.
A Palavra de Deus também. Enquanto vivemos, a Bíblia pode ser compreendida na dinâmica do que experimentamos. O que diz só faz sentido a partir do que vivenciamos. O que acreditamos dizer a Bíblia como Palavra de Deus é apenas o que faz sentido na vida que experimentamos aqui e agora. O que cai no solo da existência humana e frutifica. O que promove e afirma a vida humana. “A letra mata, mas o Espírito vivifica”.
Para a vida humana, com tantas vozes e imprevisível, uma Bíblia tão falante e tão surpreendente.
Obs: Tantas coisas já vivemos e falamos com os próximos a respeito de coisas como essa. "Queremos vida", é o que temos afirmado (os três autores do blog) constantemente. O Elienai nesse texto conseguiu exprimir com uma maestria impressionante esse sentimento. particularmente, foi a alegria dessa segunda melancólica e cinzenta. Impossível não dedicar isso aos amigos, mais do que irmãos, e toda a turma do Caminho Canoas que ontem proporcionou a nós todos uma noite tão gostosa.
domingo, 23 de novembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
PARA PAULO QUEM ERAM OS INIMIGOS DA CRUZ?
No entanto, há mais do que isto... Mesmo sem saber de nada disso, se você é sensível para o Espírito, você sente que há um espírito que liga e amarra todas as coisas: o espírito da graça de Deus em Cristo. É assim que Paulo via.
Desse ponto em diante você vê que para Paulo o inimigo da Cruz de Cristo jamais seria o sacerdote pagão—aliás, nos dias dele havia aos milhares, mas ele não fala quase nada do assunto—, mas sempre aquele que tentava duas coisas: fazer-se representante de Deus (como os judeus fanáticos e os cristãos judaizantes) e reduzir as conquistas da Cruz aos condicionantes da lei, dos costumes e dos sistemas de auto-justificação ou mesmo auto-santificação humanos.
Com esse espírito, como você acha que Paulo enxergaria a história do Cristianismo e também aquilo que em nome de Jesus foi feito e é feito em nossos dias?Cuidado, ver a vida com os olhos de Paulo pode ser terrivelmente subversivo.
Caio
domingo, 16 de novembro de 2008
Desabafo
Não apenas "deixar de ir". Não foi isso. Sair, nesse contexto, significa "não concordamos com isto frente ao evangelho de JESUS e ao que o mesmo tem falado conosco", de maneira que evitamos envolvimento em certas rotinas ministeriais por não desejarmos mais tomar parte do que acreditamos que, numa primeira impressão, pode até ser bom; mas numa análise mais profunda, desperta sentimentos (soberba, inchamento de ego, fortalecimento do poder dominativo, etc...) que se manifestarão de maneira extremamente negativa num futuro próximo.
Não estamos aqui também renegando nosso passado, essencialmente batista. Quando resolvi me batizar na Igreja Batista, lembro que minha mãe não aprovou a idéia. Entendeu como uma rejeição ao batismo católico que ela e meu pai haviam me dado. Quero deixar bem claro, de hoje em diante, para tudo e para todos, para o inferno satânico e ao "inferno" terrestre movido por corações duros e com pouca (ou nenhuma) capacidade de amar, que somos fruto de um processo violento e arrebatador, no qual a igreja teve um papel fundamental. Fomos ricamente nutridos por duas igrejas em nossa terra natal, e somos conseqüencia de eventos cuja causa foi manifesta nelas, quase que em sua totalidade.
Isso me faz lembrar que sempre há esperança ! E a minha, no que diz respeito à minha vontade é imortal. Eu não mato minha esperança, os outros é que me declaram, com seus atos: "sua esperança é vã !". Sim, porquê uma das maiores verdades que experimentamos no mundo cristão (afinal sempre tivemos vergonha do nome "evangélico") é que o evangelho se demonstra nas pessoas pelo caráter, e quase nunca pelo que se fala.
Aliás, analisando o que fala, percebo que até perdemos tempo, pois seria muito mais proveitoso sairmos dos templos. Como seriam ricos os teatros se metade do povo evangélico estivesse seguindo carreira naquilo que é talento manifesto: interpretação.
A instituição chamada igreja se tornou algo maior do que deveria ser (no nosso sincero entendimento). Isso não tem a ver com tamanho, pois vimos de perto uma igreja de muitos membros não sofrer desse mal, mas sim com a manifestação praticamente exclusiva do Reino de Deus na Terra. A evangélica, principalmente; essa nunca foi tão católica romana quanto agora.
Se as "coisas de Deus" hoje são manifestas como ministérios de igreja, que fique declarado aqui que realmente não queremos mais nos comprometer com isso.
Entendo também que Deus me deu um grande e precioso ministério: minha esposa. Esse vem como prioridade sobre todos os outros. Não viver esse ministério em minha casa, ou ter descaso com ele, querendo que ele seja algo que adeque constantemente às minhas necessidades, principalmente as ministeriais da igreja institucional, é fruto de algo que não vem de Deus, pois família é projeto Dele.
Não vou explicitar se é demoníaco o descumprimento total ou parcial dessa atribuição ministerial. Qualquer um tem o poder de se tornar o próprio diabo na vida de outra pessoa, sem nenhum esforço (principalmente sendo família). Culpar um ser caído daquilo que é meu pecado não é honesto. E no final das contas, eu também mandei Jesus à cruz.
Não estou, em hipótese alguma, gritando aos ventos que encontrei a verdade absoluta. Minha verdade é Cristo, meu salvador. Se houver algum engano na caminhada, assumo-o de peito aberto. Mas o entendimento pelas escrituras e o peso da consciência (que tenta se revestir de verdade) até agora não me acusa em nada.
Estamos optando pela simplicidade. De maneira nenhuma estamos declarando como o melhor caminho para todos. É o melhor caminho para nós. Não queremos nos declarar comos os "verdadeiros filhos de Deus" e nem chamar os que pensam diferente de "filhos do diabo".
Queremos apenas viver o evangelho. Não queremos só pregar, queremos ele em nós. Queremos ter vida de evangelho, compartilhando vida com qualquer um, não só os da instituição eclesiástica, que tantas vezes se fecha em torno de si mesma querendo manifestar algo de Deus, quando Deus o faz apenas quando quer e como quer.
Obviamente, desejamos também que fique bem claro que nossa saída não é fruto de uma "satanização" de nossa parte, de uma adoção do capeta para conosco, de negação ou mesmo de uma des-graça que se abate sobre nossas vidas. Aliás, é exatamente o contrário.
Honestamente, não estamos preocupados com o que estão pensando de nós. Quem nos conhece bem, é porquê andou bem de pertinho conosco por anos. É porquê amou, brigou, orou, chorou e sofreu conosco, e esses confiam no nosso bom senso e respeito ao evangelho. Quem emite opinião e não fez o descrito antes, não conhece, e julga.
Nisso afirmo que não vamos fazer "ping-pong" de idéias com ninguém que não nos conhece bem. Quem quiser, que conheça. Quem não quiser, que julgue e viva com as conseqüências disso.
Afirmo também que não temos interesse algum em teologias. Não me interesso naquilo que tenta definir Deus, dando suas medidas e comprimentos, de maneira que nem o próprio Jesus tentou dar.
Particularmente, acredito que ela hoje serve muito mais para se defender a estrutura, a instituição, visto que dela saem renda e empregos para muita gente que, sem isso, não teria mais o que fazer da vida.
Odeio, com toda a força que é possível, o pensamento pobre e estúpido, mas bem peculiar aos evangélicos, de que as maiorias sempre estão certas e as minorias erradas. Entendo que se muita gente resolvesse sair da igreja e começassem reuniões caseiras, talvez fôssemos vistos como corretos. Esse é o padrão de moral roto de nossa sociedade, que foge ao bom senso e ao criticismo, analisando apenas as tendências.
Entendemos que Jesus não era consultor de moda, e que nunca quis analisar ou fazer parte de tendência nenhuma.
Obviamente que nosso maior inconformismo, caso você tenha entendido o que escrevi até aqui, é com a religião. A igreja em si é mais uma vítima desse sequestro espiritual, algumas vezes propositalmente, outras ingenuamente.
Não acreditamos que a religião possa aproximar alguém de Deus, pois entendemos que ela se desvia do que é natural e cria mecanismos tão complexos que se torna pesada e, muitas vezes, até insuportável. Sempre me pergunto: "onde está isso na Bíblia ?" ou "Se a Bíblia não fala de tudo isso por quê fazemos assim ?".
De qualquer maneira, fugimos do cativeiro. E não damos a mínima para os sequestradores. Pelo menos não enquanto eles forem o que são.
Nosso interesse sempre foi e sempre será com as vítimas, sejam elas potenciais ou de fato.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Duras Lições
Desde os meus 21 anos estou envolvido com o mundo religioso. Sem arrogância, posso afirmar que aprendi bastante sobre seus bastidores, sacristias e porões. Dizer que aprendi não significa que sou inteligente, esperto ou genial, apenas que me enfronhei nesse ambiente. Aprendi que os religiosos, como os demais espaços institucionais, geram as” panelas” do poder.
Geralmente acontece assim: alguém alcança o topo da hierarquia e se acompanha de amigos que desfrutam as benesses da posição. Os outros ambicionam chegar lá, onde o poder, a reputação, os privilégios, são diferenciados. Começam, então, as futricas. A curriola que domina faz de tudo para preservar-se e quem almeja subir, se esforça para suplantar os figurões, seja conspirando ou procurando mostrar-se mais ungido. Aprendi que os religiosos confudem fé com credulidade e ficam furiosos quando contestados.
Acreditar é sagrado, mesmo que não faça sentido ou não tenha plausibilidade com a vida. Os religiosos sabem transformar circunstâncias banais em “testemunhos fantásticos” e se contorcem para explicar tragédias horrorosas como mais um “mistérioso propósito de Deus”. (Por exemplo, estar atrasado para um compromisso e conseguir passar por três sinais de tränsito abertos é um milagre, mas a morte de milhares de crianças em Darfur, um mistério; “o barro não pode questionar o oleiro”).
Aprendi que os religiosos não têm coragem de ser honestos com suas crises internas. Mentem para si e para os outros citando textos da Bíblia, tirados do contexto e incoerentes com a experiência existencial. Tentam enganar-se repetindo que são exitosos no que fazem e experimentam; não admitem que suas vidas são, muitas vezes, uma meia-sola, mera recauchutagem da felicidade.
Os religiosos adoram transformar os cultos em arenas, onde brincam de guerra ou em palcos, onde encarnam personagens míticos poderosos. Isto é, na igreja comportam-se como Hércules, que estraçalha seus inimigos ou como Fênix, que sempre ressurge das cinzas com maior vigor. A realidade, porém, os esbofeteia; negam precisar de terapia psicológica como qualquer mortal; morrem, mas não admitem que tomam ansiolítico.
Aprendi que os religiosos não levam suas lógicas até às últimas consequências. Eles temem perguntas que geram outras perguntas. Aliás, questionar entre os religiosos é sinal de rebeldia e rebelde tem parceria com o demônio. Os religiosos se sentem satisfeitos de citar um versículo (sempre fora do contexto) e dizer que, se “a Bíblia afirma assim e assim, ninguém deve entristecer a Deus com perguntas impertinentes”.
Satisfeitos e acomodados com a interpretação dada por algum teólogo, contentam-se com os textos que lhes soam convenientes. Aprendi que os religiosos só são amigos de quem pensa igual a eles. O que ousar desafiar algum dogma, torna-se persona non grata, pior que leproso dos tempos medievais. Experimentei na pele esse tipo de ojeriza.
Amigos que pareciam legitimamente afetuosos, de repente, sem jamais conversarem olho no olho, passaram a espalhar sórdidos boatos a meu respeito. Rubem Alves tem razão, os religiosos nunca mataram um pecador, eles só assassinam os que consideram herege. Estou convencido que muitos só não me mataram porque cometeriam um crime.
O ódio que os alimenta, porém, é real. Aprendi que os religiosos são egoístas e só consideram relações ensimesmadas com o divino. Eles buscam bênçãos, milagres, intervenções sobrenaturais, para terem vantagem na árdua e perigosa aventura de viver. Caso alguém diga que a resposta às suas preces precisaria se conectar com toda a humanidade; com os miseráveis nos campo de exilados, com as crianças africanas que passam fome, a resposta seria: “E eu com isso?.
Os religiosos se isolam da sorte humana. Egocêntricos, não conseguiriam explicar a graça e a justiça divina, caso recebessem o que acabaram de pedir.
No final dos meus 54 anos, aprendi sobre religião o suficiente para distanciar-me dela. Por isso procuro, constantemente, manter-me apaixonado pelo Evangelho. Afinal de contas, os religiosos conspiraram e mataram Jesus.
Soli Deo Gloria
Ricardo Gondim
domingo, 9 de novembro de 2008
Panorama Histórico da Igreja no Brasil
Nessa parte temos uma rápida passagem sobre a história da igreja no Brasil. Bastante esclarecedor para quem ainda não conhece muito sobre o assunto, e recomendável para os que já conhecem, ou pensam que conhecem. Assistam e tirem suas conclusões.
A gana por crescimento das igrejas (exclua-se: conversões; escreva-se: adesões) permeia o bate papo.
A PERFEITA IMPERFEIÇÃO DA IGREJA
Leitura: Mateus 18
E o contexto fala de reconciliação. Um irmão “ofendido” tem que procurar o “ofensor” e tentar ganhá-lo. E isto deve ser feito insistentemente, até que o próprio ofensor rejeite toda conciliação.
A palavra grega que designa essa “reunião” é mesma que fala de harmonia, como se o que estivesse em curso fosse uma “afinação de instrumentos”.
O outro pólo mais adulto dessa proposta está em Lucas, quando Jesus diz que se deve perdoar ao irmão até setenta vezes sete num único dia.
Ou seja: a proposta de Jesus nos põe a todos de calça curta, e necessitados de dizer: “Senhor, aumenta-nos a fé; pois ainda não somos cristãos”.
Até o quarto século o que impressionou os “pagãos” que observavam os cristãos não era a “perfeição” deles, mas o amor e a graça com a qual se tratavam e tratavam o mundo.
“Olhem como se amam!”—era a estupefação que ecoava nas palavras de gente que olhava os cristãos de fora, conforme vários testemunhos encontrados em antigos textos históricos.
Portanto, a perfeição da igreja é não se “vender como perfeita”, mas sim se revelar, sem ensaio e performance, como lugar de misericórdia e graça.
Não é possível esperar perfeição de nenhum de nós. Somos caídos e maus...o melhor de nós ainda é mau.
O que nos faz diferentes é nossa atitude, se é honesta com a nossa própria Queda, e, sobretudo, sincera com a Graça que todos nós temos recebidos.
Daí a perfeição do discípulo ser sua humildade... humildade para ser, sem ser ainda o que deseja; humildade para viver com misericórdia, pois ele mesmo carece dela, todos os dias, nos céus e na terra.
Repito: o problema da “igreja” nunca foram os seus erros humanos, mas sim a sua arrogância em relação a não se enxergar, e oferecer-se como a Representante de Deus na terra.
Quem desejar, que tente!
Mas no dia em que deixarmos de lado toda essa empáfia e formos apenas gente da Graça, então, assustados veremos o respeito que o mundo nos terá; conforme aconteceu até o ano 332 da presente era, ainda que algumas vezes o lugar do testemunho tenham sido cruzes e arenas...
E havia problemas antes disso? Sim, sempre houve muitos problemas!
Quem conhece a História sabe deles. E quem lê os textos produzidos nos dois primeiros séculos, sabe da quantidade de dificuldades internas que os vários grupos cristãos tiveram. Todavia, tais problemas não foram problemas reais enquanto o sentido de “irmandade na Graça” esteve presente.
Não foi a perfeição da Igreja que abalou o Império Romano. Foi a sua perfeita-imperfeição; ou seja: sua humanidade vivida sob a graça; e que falava da Boa Nova em Jesus, não nela mesma. Nela havia humildade, serviço, confissão, comunhão e coragem sem empáfia.
Me sinto um bobo escrevendo coisas tão BÁSICAS, mas é que fico assustado quando vejo que os crentes de hoje não têm umbigo, e pensam que estão inventando a “igreja” agora.
E pior: dói-me ver que alguns dizem: “É assim mesmo...temos que nos acostumar...quando é que já foi diferente?”
Bem, foi diferente apenas enquanto todos se sabiam filhos da misericórdia e buscavam renovar a mente conforme o entendimento na Graça; e que só se manifesta no nível horizontal como amor e simplicidade no trato humano, o que acontece naturalmente quando a arrogância dá lugar à gratidão em razão da consciência acerca do perdão recebido.
Jesus não pede perfeição —mesmo quando diz “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai...”—, pois a única perfeição humana é assumir sua própria imperfeição, e, assim, imitar o Pai, não em sua Perfeita-Perfeição, mas em Sua Graça, que Ele derrama sobre justos em injustos.
A perfeição da Igreja é ser humildemente filha desse Pai que a todos trata com misericórdia!
Quem não for cego, que veja; quem não for surdo, que ouça; quem tiver entendimento, não o feche; e quem tiver sido objeto da Graça, que a sirva aos outros.
Nossa perfeição é a Justiça de Cristo!
Caio
CULTO AO TABERNÁCULO!
Sabemos que quando este tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa eterna nos céus! — Paulo, aos Corintios (II).
Sou um ser
Entretanto, assim como o corpo deles [de meus pais] é terreno e corruptível, assim é também o meu.
Desse modo, estou envelhecendo; e meu corpo vai se desgastando; até que chegue o desgaste final; isso se nenhum acidente atingir o tabernáculo e encurtar seus dias de existência.
Aqui estou de passagem. Por isto é que estou no caminhar no Caminho, embora este meu caminhar seja ainda passageiro, posto que resulta de meu mover tabernacular.
Todos os dias vemos pessoas partirem para a eternidade. Entretanto, muitos de nós parecemos existir perenemente sob a ilusão da continuidade daquilo que é passageiro. Ou seja: existem no corpo como se o corpo fosse tudo o que existisse e importasse.
Ora, quem assim existe [apenas para o corpo, o tempo e o espaço] jamais terá poder e força para fazer as renuncias e as escolhas que somente acontecem se motivadas pela presença da eternidade em nós.
Sim! Não há poder para se viver o Evangelho no corpo [único lugar no qual ele deve ser vivido e pode ser vivido] sem que nosso espírito esteja impregnado pela glória da eternidade!
Desse modo [todos os dias] deixo àss coisas que somente julgam importantes os que pensam que a vida no tabernáculo terreno é a única que existe ou que importa; e, assim, abraço resolutamente os significados de meu edifício eterno, ao invés de sucumbir aos apelos do momento que têm o poder de embotar meu significado eterno.
Não adiante alguém tentar se enganar julgando que encontrará sentido para a fé em Jesus apenas na dedicação da vida as coisas deste mundo.
Não! Tal sentido não existe! Pois, o reino de Jesus tanto não é deste mundo, como também não vem com visível aparência; sendo real apenas para aqueles que têm consciência do significado das coisas que não aparecem.
Desse modo, digo:
Quem não se gloria na esperança da glória de Deus jamais se gloriará também nas próprias tribulações — conforme a recomendação de Paulo em Romanos cinco.
Assim, repito:
Sem consciência da transitoriedade de todas as coisas nenhum de nós jamais se alegrará em Deus na presente existência; a qual é cheia de tudo o que não é e não fica; servindo apenas para nos treinar para o que é e fica para sempre.
Neste mundo somente os que discernem o que não é conseguem obter entendimento a fim de privilegiarem as coisas que são.
Ora, o que é, não é muito; mas é tudo; pois, é por ser o que importa, e não por eleições feitas pela vaidade humana.
O que você privilegia? O tabernáculo que se desfaz ou o edifício que não perece?
Pense nisso a fim de que você não brigue por um camarote no Titanic enquanto ele está afundando!
Nele,
17/04/08
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
A VERDADE E A PARÁBOLA (CONTO JUDAICO)
Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.
Internet
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Novo Tempo
No novo tempo apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos
Estamos mais vivos pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta
Estamos na luta pra sobreviver
Pra que nossa esperança
Seja mais que a vingança
Seja sempre um CAMINHO
Que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça
Estamos na briga pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos pecados, de todos enganos
Estamos marcados pra sobreviver
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas
Quebrando as algemas pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
A gente se encontra cantando na praça
Fazendo pirraça pra sobreviver
Composição: Ivan Lins e Vitor Martins
domingo, 2 de novembro de 2008
Viver é Bem Mais do que Dormir e Acordar
Vai a letra logo abaixo !
Entre a insustentável leveza do ser
E a incurável pobreza do ter
A mentira é contada diariamente
Corrompendo até o mais inocente
Coração enganoso e corrupto
Sorriso tranqüilo...
Consciência em tumulto!!!
É preciso sentir que é preciso mudar
Para um novo caminho, um novo caminhar
Viver é bem mais que dormir e acordar
Eu não sei se essa vida é tudo o que você tem
Se o que você faz é por mal ou por bem
Só sei que ao final me restará dizer:
Amém!!!