sábado, 24 de janeiro de 2009
Essa eu não podia deixar de comentar...
Entretanto, o legal é ver como alguns chegam até o blog. É cada coisa esquisita que procuram e acham o blog, que toda semana eu bolo de rir !
Bom, nessa semana também tivemos algumas estranhas no google, que acabaram por direcionar o pessoal pra cá. Espero que a turma que acaba caindo aqui por acidente ache alguma coisa de proveito pra si mesma ! Seguem alguns exemplos:
- Busca no Google: travestis de graça fotos; busca que acaba por mostrar também nosso post Comendo Pizzas com Prostitutas e Travestis, postado em outubro. Toda semana tem algo do tipo, é foto de travesti, prostitutas em cidade tal, comendo travestis de graça e por aí vai...
- Busca no Google: porque eu odeio religião, que acabou caindo no post do Mark Driscoll, com vídeo do cara falando sobre o assunto. Temas desse tipo acabam caindo vez por outra aqui, e quero deixar bem claro que não somos encorajadores do rancor, raiva ou ira contra a religião ou contra a igreja, muito pelo contrário: entendemos que tais sentimentos só fazem mal às pessoas que, constantemente, insistem em alimentar em isso, quase como se fosse um dependência. Espero que aqui essas pessoas encontrem algo que influencie positivamente no processo de libertação dessas atitudes, voltando o foco das atenções para o evangelho, e não para o mal uso que fazem dele.
Próxima semana veremos o que aparece.
Ê mês arretado !
Entretanto, esse mês não foi apenas isso. Aconteceram várias coisas boas também, as quais não posso deixar de expressar minha gratidão.
Aos amigos e os visitantes que sempre passam por aqui, agora é oficial: estamos com uma iniciaiva do Caminho aqui em Igrejinha.
A "oficialidade" na verdade é apenas a comunicação de nossa união com uma turma que tem vivido evangelho como nós, Brasil afora. Só isso. Não houve "processo de seleção", não houve "ordenação" e nenhum tipo de burocracia. Apenas boas conversas, confissões de fé, e um desejo de não começar algo separado, de ter com quem compartilhar nossa caminhada; sem institucionalidades, sem métodos, sem burocracias eclesiásticas, sem dependências financeiras para existir, sem nenhuma grande exigência a não ser fé e gratidão pelo Deus que nos ama.
Reproduzo abaixo o texto de novas iniciativas do Caminho, postado no Blog do Caminho. Para quem ainda não sabe do que se trata, sinta-se a vontade para passar lá e ler.
Novas iniciativas do Caminho no Brasil
Certos de que o Caminho é como o Vento... e que Ele sopra onde quer; é que muito nos alegramos por comunicar o início de três novas iniciativas do Caminho que começam espontaneamente a se reunir sob o Espírito do Evangelho da Graça, com alegria e simplicidade.CAPELINHA / MG
Aléquison Gomes
Contato: (33) 9117-5578 - Aléquison / (33) 9104-4249 - Tadeu Filip
Reunião 1: [semanal] sempre domingo às 19h30
Reunião 2: [semanal] sempre quarta-feira às 19h30
Local: Rua Carlos Prates, 823 - Bairro Vila Operária com Acácias
E-mail: alequison@yahoo.com.br
IGREJINHA / RS
Eduardo Bandeira
Contato: (51) 3545-4637 / 8145-8431 - Eduardo
Reunião: [semanal] sempre domingo às 19h30
Local: Anita Garibaldi, próximo ao mercado Bom Pastor
E-mail: caminhoigrejinha@gmail.com ou kdubandeira@hotmail.com (MSN)
BRAGANÇA PAULISTA / SP
Juliano Marcel
Contato: (11) 4603-9804 / 8716-1905 - Juliano ou Cláudia
Reunião: [semanal] sempre domingo às 19h00
Local: Restaurante Porto Sul - Av. Antonio Pires Pimentel, 1025 - Centro
E-mail: caminhoembraganca@ymail.com; juliano.marcel@hotmail.com (MSN)
Blog: http://bloggracaevida.blogspot.com/
Dois lados da mesma mensagem
Bem aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus. Malditos os prepotentes, pois eles criam o império do ódio. Os que precisam da força para sustentar o poder não tem parte com a lógica do amor.
Bem aventurados os que choram, pois serão consolados. Malditos os indiferentes, pois neles nasce o cinismo. Secos, descartam vidas. Desdenhosos, não sofrem o abandono dos esquecidos, a angústia dos escravos, o desespero dos oprimidos.
Bem aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança. Malditos os altivos, pois eles se acham livres para agrilhoar, agridem sem contenção e receberão uma masmorra por herança.
Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça, pois serão fartos. Malditos os que buscam argumentos para justificar tiranias; os que se fiam em coerências para vexar os indefesos padecerão sedentos e famintos de bondade.
Bem aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. Malditos os implacáveis, pois serão medidos com a mesma inflexibilidade que trataram os outros; cedo ou tarde receberão castigo proporcional à sua irrepreensibilidade.
Bem aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. Malditos os astuciosos, pois morrerão sós. O falso não se alinha ao coração divino, o aleivoso perde o compasso do universo; o impostor não arranca a venda dos olhos e se condena a nunca perceber o sublime.
Bem aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. Malditos os que conspiram a guerra; que dão de ombros para o bombardeio assimétrico, para a agressão descomedida, para a morte de crianças e velhos. Esses descerão ao mais profundo inferno, pois arrasam vilas, dizimam etnias, e chacinam em nome do Estado.
Bem aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. Malditos os tiranos, que afligem para defender ideologia ou religião, raça ou economia. Deus se alia ao afrontado, oferece a mão ao desabrigado e faz companhia ao esmagado.
Bem aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Malditos serão vocês que voam como abutres, para espreitar a derrocada do pequeno; que se excitam com más novas; e só deduzem o pior nas intenções alheias.
Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês. Lamentem e agonizem, porque grande será o castigo no calabouço eterno, vocês terão o mesmo destino que os facínoras que viveram antes de vocês.
Soli Deo Gloria.
Texto do Ricardo Gondim.
A Palavra é viva. Dê uma chance a ela!
Uma pessoa, com um Novo Testamento nas mãos, sabendo ler e tendo bom coração, não precisa de quase nenhuma ajuda para entender, especialmente se não tiver algum religioso por perto para explicar.
O que mais atrapalha na leitura da Bíblia, depois do fato que as pessoas não sabem ler; digo ler mesmo — é a "explicação dos interpretes oficiais".
Papai creu lendo sozinho o livro de Hebreus, e cresceu na fé e no conhecimento apenas lendo a Bíblia!
Meses depois é que começou a ler os teólogos reformados, mas nunca de modo acrítico. Chegava mesmo a dizer: "Que pena! Homens tão eruditos, mas sem fé e sem entendimento espiritual!"
O fato é que o espírito Católico antigo, que proibia a leitura da Bíblia e que assegurava que os "leigos" não conseguiriam entender a Bíblia lendo-a sem "assistência", continua vivo, não como proibição à leitura da Bíblia, mas sim como a crença generalizada entre os "crentes" que, sem um sacerdote, pastor ou entendido, ninguém consegue ler e entender a Bíblia sozinho.
Assim, Bíblia sem comentário é bobagem!
E mais:
As pessoas não lêem mais a Bíblia, preferindo ouvir alguém falar [supostamente] sobre um texto e explicar.
Desse modo, proliferam os livro-Bíblia, mas o povo fica cada vez mais ignorante da Palavra!
Todos têm Bíblias; Bíblias de todos os tipos, com todas as letras, e com todo tipo de comentário. Têm a Bíblia, o livro, mas não o lêem; e, quando o fazem, quase sempre é seguindo alguma cartilha ou manual.
Neste ano de 2009 tenho uma proposta a fazer a você:
Leia o Novo Testamento várias vezes este ano!
Leia sozinho; sem ajuda; sem comentário; sem livro de apoio; sem "doutrinação"; sem a indução de um "interprete"...
Sim! Faça isto; e, depois, me diga se você não cresceu sozinho tudo o que antes era algo ainda distante ou desconhecido por você!
Não deixe que o gargalo da religião e de seus controles e induções impeçam sua compreensão simples da Palavra.
João disse:
"Vós tendes a unção que vem do Santo, e não precisam de que ninguém ensine a vocês!"
A leitura da Escritura, acompanhada de um coração simples e cheio de fé, entende sempre; e, quase sempre, melhor do que os teólogos cultuadores de conflitos e de informações áridas e divorciadas da simplicidade da fé em Jesus.
Dê uma chance simples ao Espírito Santo de ser seu Mestre da Palavra!
Nele, que é a Palavra e é sua chave de interpretação,
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
CARTA QUE ME FAZ LEMBRAR DA ISABELLA, DA ELOÁ, DO HOLOCAUSTO, DE DAFUR, DA ESQUINA...
Segue texto abaixo, enviado por e-mail pelo Carlos Bregantim (Brega), no grupo de mentores do caminho. Leiam, realmente é bem interessante !
Amigos, o policial abaixo viu gente morta no ano q trabalhou no IML. Eu, de modo semelhante, já vi muitas pessoas morrendo nas salas de emergência dos pronto-socorros onde trabalhei nos últimos 15 anos. Vi velhinhos e vi crianças nas agonias finais...Lembro até hoje dos seus rostos e dos parentes apavorados tentando enxergar alguma coisa pelas frestas...
Domingo último na Estação Santos entreguei uma DEVOCIONAL para a semana onde se falava sobre VIDA E MORTE sob o prisma do Evangelho do Senhor ao qual cremos, conforme as narrativas bíblicas que nada escondem acerca de coisa alguma, só a gente que não quer enxergar.
Mas nada como uma ilustração caso-real, uma carta caso-verdade, que podia ser minha, ser sua, ser de quem é sensível às dores do mundo... e dos demais que abortaram a fé pq não conseguem explicar o caos humano.
E sinceramente, se nossa consciência não crescer até ao menos o entendimento abaixo demonstrado, então, caros amigos, vamos parar com essa brincadeira de crentes-ateus, e comer e beber, pq amanhã vamos morrer!
Leiam com atenção, por favor. E se o puderem fazer, imprimam para depois.
Meu carinho,
Marcelo Quintela
Santos/SP
------------- Segue mensagem encaminhada -------------
----- Original Message -----
From: DEUS NÃO VIVE ONDE EU TRABALHO: NO IML!
To: contato
Sent: Monday, December29, 2008 5:50 PM
Subject: Dúvidas e medosobre a fé
Olá Pastor Caio Fábio!
Eu sou professor e leciono em vários colégios. Fiquei sabendo a respeito do senhor por intermédio de uma colega de profissão em uma das escolas ondeleciono. Foi então que li algumas cartas respondidas no seu portal, fiz um cadastro e resolvi escrever para o senhor.
Bem, eu sou uma pessoa muitíssimo complicada. Eu fui policial de necropsia da polícia civil por aproximadamente um ano, e nesse período pude ver todo o resultado da violência humana nas salas e nos corredores do IML (Instituto Médico Legal).
Os colegas mais antigos de profissão costumavam dizer: "... se há um lugar onde Deus definitivamente não está são nos corredores do IML...".
Em um dia de trabalho me deparei com uma criança de uns três anos de idade, sexo masculino, que fora vítima, de acordo com o laudo cadavérico após exame necroscópico, de espancamento seguido de morte por hemorragias internas múltiplas.
Embora fôssemos instruídos para que nunca entrássemos na história de sofrimento da vítima, não podia deixar de passar pela minha cabeça o seguinte questionamento:
"Onde estava Deus nessa hora em que a criança estava sendo agredida e espancada até à morte?"
Devido a esse fato e muitos e muitos outros... Inclusive coisas da minha própria vida que eu vivenciei e experimentei a respeito das pessoas, fui gradativamente perdendo a minha fé. E hoje parece que não me resta mais nada a não ser a minha razão.
Será que o senhor poderia me ajudar ?
Muitas Felicidades a todos!
______________________________________ Resposta:
Meu mano amado: Graça e Paz!
O que dizer então de Deus, que deixou crianças inocentes morrerem enquanto Jesus, Seu Filho, era levado em fuga para o Egito?
Nessas horas todos viram “Deus”!Sim! Todos têm idéia a dar a Deus. É a Síndrome de Jimmy Carrey!
Ora, se é assim, pergunto:
Como “Todo-Poderoso” o que você faria?
Que “soluções” traria ao mundo?
Faria o quê? Violaria as leis da Física sempre que alguém fosse fazer mal a alguém?
Sim! A faca entortaria sempre que fosse ser enfiada em alguém. Ou quem sabe o braço do espancador caísse morto quando ele fosse atacar um inocente. Ou, quem sabe, o pênis do estuprador pudesse ter um ataque do peixe candiru e se auto-enfiar no anus do próprio agressor.
O fato, meu irmão, é que ninguém numa hora assim pensa na criança espancada!
Sim! Pois, caso a mesma criança estivesse na esquina, quem de vocês no IML, a levaria para casa para criar?
É tão fácil dar idéias para Deus acerca das coisas que nós, mesmo podendo, não fazemos nada para resolver em vida!
Em horas como essa o nosso egoísmo é tão grande que a gente só pensa em nós mesmos, que vemos a tragédia e ficamos sem esperança, ou nos que ficam sem esperança e injustiçados diante do ocorrido perverso. Entretanto, no fundo, o que fica não é a dor pela criança, mas o choque da brutalidade, a qual, de modo inconsciente, lembra que aquele corpo poderia ser o nosso ou de gente que nós amamos.
Mas e a criança? Foi mal para ela encontrarcom o Pai de amor? Foi mal para ela ter sido tirada do inferno para o Paraíso do amor? Foi mal para ela nem ter sabido que teve um corpo mutilado ante ao fato de que ganhou um corpo eterno? Foi mal para ela não mais ter que sofrer os abusos dos homens de modo indefeso?
Foi mal o amor de Deus por ela, que a tirou do poder das maldades dos homens? Foi má a alegria de Deus ao acolher mais um de Seus santinhos?
“Preciosa é aos olhos do Senhor a morte de Seus santos!”
Sabe o que falta a você?
Consciência e alegria na vida que é!
Meu irmão, se meu corpo chegar a algum IML todo lacerado e arrebentando, não sinta nada, pois, de fato, aquele corpo é de morte, e se não morre hoje, morrerá amanhã, mas certamente morrerá.
Sim! Poderá não ser lacerado por homens,mas, sem duvidas, será banquete de vermes!
Mas e daí?
Meu irmão, você escreveu para um homem que já perdeu muito, segundo os homens, que já sofreu muitas dores, segundo os homens, e que já sentiu quase todos os sentimentos desta vida, segundo os homens — e que, apesar disso, não tem perguntas filosóficas a fazer a Deus.
Há quase cinco anos meus filhos e minha mulher não quiseram que eu visse o corpo atropelado de meu filho Lukas, pois,não queriam que eu visse o estado de deformidade inicial no qual o atropelamento deixou o seu corpo de 22 anos.
Eu, no entanto, nunca gastei cinco minutos para pensar no que o atropelamento fez a ele, embora, todos os dias, eu imagine, ainda que de modo pobre [pelas minhas limitações], a Glória que hoje o veste em eternidade!
O que falta a você é uma fé que seja fé,segundo o Evangelho; pois, a fé que você tem é segundo a “igreja triunfalista e mentirosa”, a qual vive de sua propaganda enganosa,vendendo Seguro de Vida e contra Acidentes aos crentes incautos.
Alguém lembra de Jesus dizendo:
“Meu Pai! Puxa Vida! Por que Pilatos tinha que misturar o sangue dos Galileus com os sacrifícios que eles ofereciam?”
Ou ainda:
“Pô, Pai! Por que aqueles dezoito homens que visitavam a Torre de Siloé tiveram que estar lá justamente na hora em que a Torre caiu?”
Sim! Você escreveu para um homem não ter perguntas e, por isto, não tem respostas humanas, visto que, para mim, a resposta não é a longevidade na Terra, mas a segurança na eternidade.
Sou um alienado? Não! Apenas sou coerente com o que Jesus ensinou e com o modo silencioso com o qual Ele tratou de todas essas coisas.
Sim! Ele nada disse, embora, muitas vezes,tenha salvado a muitos, enquanto andava entre nós.
Entretanto, quando Ele quis ilustrar o amor,a imagem escolhida foi a do absurdo e a do casuísmo de um assalto na baixada para Jericó. E mais: na “história” Ele não impediu o assalto. Sim! Não enviou anjos e nem exércitos. E qual foi a “solução” de Jesus? Ora, foi fazer um homem de amor passar, ver e agir.
A resposta de Jesus às calamidades deste mundo é o amor de todos os Samaritanos, Gente Boa de Deus!
Em horas como essa não se deve fazer perguntas a Deus, mas apenas a nós mesmos; tipo: O que eu posso fazer para ajudar quem está vivo?
Sua fé, aparentemente, era o produto evangélico de crença mágica, e que, aparentemente, se tornou“cristã” sem levar em consideração que somos discípulos de uma fé que não liga para a morte [que já foi vencida e que não mata mais], não se espanta com catástrofes e não demanda de Deus que no mundo não haja aflições.
E mais: esquecemos tudo o que Jesus disse que poderia acontecer aos discípulos, tanto como perseguição dos homens, como também no que tange a todo tipo de violências que poderíamos sofrer.
Releia os Evangelhos e veja se você encontra alguma promessa de suspensão do mundo real apenas porque alguém disse que crêem Jesus.
Meu irmão, se o precursor de Jesus teve a cabeça cortada por causa dos meneios de uma jovem e da cobiça de um rei semi-brocha, Herodes; e se o Messias foi morto de modo estuprado de violências impensáveis... — por que você alimenta as ilusões de que nesta vida o amor de Deus pode ser medido pela ausência de dor e de maldades?
Largue essa fé de crenças mágicas e entre de cabeça no sentido do Evangelho, onde aprendemos que a morte já não mata mais ninguém, especialmente crianças inocentes, cujas faces são vistas de dia e de noite pelos anjos de Deus, conforme Jesus garante no Evangelho.
O mais, mano, só mesmo você escrevendo para Deus, ou, se quiser simplificar, apenas crendo Nele!
Receba meu abraço!
Procure um grupo do Caminho em sua cidade afim de se congregar sem falsas expectativas sobre a existência.
Ah! Um problema:
O corpo de Jesus sumiu do IML de Jerusalém!
Um beijo!
Nele , que ainda demorou mais dois dias antes dese mover na direção da casa de Lázaro, o amigo que morria,
Caio
30 de dezembro de 2008
Lago Norte
Brasília
DF
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Texto interessante e desabafo... não necessariamente nessa ordem !
Bah, isso dá um tédio imenso, e faz a gente não postar mais. Mas, contudo, entretanto, todavia, ora então pois vejamos, encontrei esse texto aqui, bem interessante, e não podia deixar e postar. Tá, é mais um sobre igreja... confesso que mesmo que eu me sinta cansado sobre o assunto, sempre tem alguém mais que passa por aqui e acha interessante. Sempre ter leitor novo, sempre tem alguém que vem de outro blog que nos linkou... então tá aí o dito-cujo (será sem hífen agora ? tudo junto ? separado ? vai saber !).
7 características de igrejas que cometem abuso espiritual
1) Scripture Twisting (Distorção da Escritura): para defender os abusos usam de doutrinas do tipo "cobertura espiritual", distorcem o sentido bíblico da autoridade e submissão, etc. Encontram justificativas para qualquer coisa. Estes grupos geralmente são fundamentalistas e superficiais em seu conhecimento bíblico. O que o lider ensina é aceito sem muito questionamento e nem é verificado nas Escrituras se as coisas são mesmo assim, ao contrario do bom exemplo dos bereanos que examinavam tudo o que Paulo lhes dizia.
2) Autocratic Leadership (liderança autocrática): discordar do líder é discordar de Deus. É pregado que devemos obedecer ao ditador, digo discipulador, mesmo que este esteja errado. Um dos "bispos" de uma igreja diz que se jogaria na frente de um trem caso o "apóstolo" ordenasse, pois Deus faria um milagre para salvá-lo ou a hora dele tinha chegado. A hierarquia é em forma de pirâmide (às vezes citam o salmo 133 como base), e geralmente bastante rígida. Em muitos casos não é permitido chamar alguém com cargo importante pelo nome, (seria uma desonra) mas sim pelo cargo que ocupa, como por exemplo "pastor Fulano", "bispo X", "apostolo Y", etc. Alguns afirmam crer em "teocracia" e se inspiram nos líderes do Antigo Testamento. Dizem que democracia é do demônio, até no nome.
3) Isolationism (Isolacionismo): o grupo possui um sentimento de superioridade. Acredita que possui a melhor revelação de Deus, a melhor visão, a melhor estratégia. Eu percebi que a relação com outros ministérios se da com o objetivo de divulgar a marca (nome da denominação), para levar avivamento para os outros ou para arranjar publico para eventos. O relacionamento com outros ministérios é desencorajado quando não proibido. Em alguns grupos no louvor são tocadas apenas músicas do próprio ministério.
4) Spiritual Elitism (Elitismo espiritual): é passada a idéia de que quanto maior o nível que uma pessoa se encontra na hierarquia da denominação, mais esta pessoa é espiritual, tem maior intimidade com Deus, conhece mais a Biblia, e até que possui mais poder espiritual (unção). Isso leva à busca por cargos. Quem esta em maior nível pode mandar nos que estão abaixo. Em algumas igrejas o número de discipulos ou de células é indicativo de espiritualidade. Em algumas igrejas existem camisetas para diferenciar aqueles que são discípulos do pastor. Quanto maior o serviço demonstrado à denominação, ou quanto maior a bajulação, mais rápida é a subida na hierarquia.
5) Regimentation of Life (controle da vida): quando os líderes, especialmente em grupos com discipulado, se metem em áreas particulares da vida das pessoas. Controlam com quem podem namorar, se podem ou não ir para a praia, se devem ou não se mudar, roupas que podem vestir, etc. É controlada inclusive a presença nos cultos. Faltar em algum evento pro motivos profissionais ou familiares é um pecado grave. Um pastor, discípulo direto do líder de uma denominação, chegou a oferecer atestados médicos falsos para que as pessoas pudessem participar de um evento, e meu amigo perdeu o emprego por discordar dessa imoralidade.
6) Disallowance of Dissent (rejeição de discordâncias): não existe espaço para o debate teológico. A interpretação seguida é a dos lideres. É praticamente a doutrina da infalibilidade papal. Qualquer critica é sinônimo de rebeldia, insubmissão, etc. Este é considerado um dos pecados mais graves. Outros pecados morais não recebem tal tratamento. Eu mesmo precisei ouvir xingamentos por mais de duas horas por discordar de posicionamentos políticos da denominação na qual congregava. Quem pensa diferente é convidado a se retirar. As denominações publicam as posições oficiais, que são consideradas, obviamente, as mais fiéis ao original. Os dogmas são sagrados.
7) Traumatic Departure (saída traumática): quem se desliga de um grupo destes geralmente sofre com acusações de rebeldia, de falta de visão, egoismo, preguiça, comodismo, etc. Os que permanecem no grupo são instruídos a evitar influências dos rebeldes, que são desmoralizados. Os desligamentos são tratados como uma limpeza que Deus fez, para provar quem é fiel ao sistema. Não compreendem como alguém pode decidir se desligar de algo que consideram ser visão de Deus. Assim, se desligar de um grupo destes é equivalente a se rebelar contra o chamado de Deus. Muitas vezes relacionamentos são cortados e até famнlias são prejudicadas apenas pelo fato de alguém não querer mais fazer parte do mesmo grupo ditatorial.
fonte: Emeurgência [via Pavablog], via Thiago Mendanha.
Aprenda a sofrer
Amigo, esperneie, grite, teatralize, mas não continue a engolir seco. Converse com as estrelas, contemple os precipicios. Afunde-se em fossas. Rememore seus momentos tristes. Não limpe as lágrimas. Jejue, rasgue véus. Deixe a barba por fazer.
Amigo, corra até a exaustão, enfrente a sua mágoa. Tranque-se para encarar o seu fracasso. Recolha-se para abraçar a sua derrota. Volte o rosto contra a parede. Ajoelhe-se. Vista-se de saco e se sente sobre um monte de cinza. Raspe a cabeça. Descalce os pés. Contrate um taxi, por duas horas vagueie à deriva. Desassossegue com sonetos. Escute fado.
Amigo, repita silenciosamente: “Cordeiro de Deus, que sofreste na cruz, tem misericórdia de mim”. Caminhe cabisbaixo, ria pouco. Entre numa catedral vazia e ouça o silêncio. Considere a sina de quem nunca viu a luz. Visite uma escola para crianças com síndrome de Down. Ajude os AA’s. Doe para a clínica que reabilita toxicômanos.
Amigo, Deus desceu do céu, tabernaculou entre os homens, e sofreu como você. Ele teve um filho sem pecado, mas nenhum sem sofrimento. Deus consola. Ele sabe o que é ficar sem chão. Soletre esperança como obstinação e fé como coragem. Trinque os dentes e prossiga.
Soli Deus Gloria.
Do conterrâneo Ricardo Gondim.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
É Cristã a Igreja Evangélica?
Livro questiona a verdade cristã presente nas igrejas, abalada pela institucionalização excessiva.
Magno Paganelli
104 páginas
Arte Editorial
Desde os primeiros séculos da história do cristianismo, inicialmente movimento leigo a partir dos ensinamentos de Jesus e de suas manifestações, a Palavra foi incorporada pelo domínio do clericalismo e do Estado Romano (séc.IV) para tornar-se religião oficial do Estado. Após o movimento protestante, na Europa dos séculos XVI e XVII, surge o Protestantismo como religião oficial de vários Estados europeus. E assim tem sido até o cenário eclesiástico atual: a história da Igreja se confundido com uma história de institucionalização.
O livro de Magno Paganelli discute o problema gerado por essa institucionalização exacerbada que, muitas vezes, extrapola o apoio na transmissão dos ensinamentos da Palavra em prol de interesses próprios, fazendo com que se percam os princípios genuínos cristãos. Dessa forma, vê-se a construção de “impérios pessoais“ em detrimento da missão das Igrejas em tomar a frente na construção do Reino de Deus.
Magno também retrata as divergências das interpretações da Palavra que tem levado a posturas errôneas de fiéis e autoridades religiosas diante do adequamento as regras estabelecidas pelas diferentes congregações.
Chama a atenção para a importância e necessidade de nos avaliarmos em nossas condutas e não perdermos de vistas que somos o “povo do livro” (A Bíblia), todos nós, padres, pastores, cristãos, evangélicos, protestantes, fiéis, etc.
Magno, entretanto, evidencia que sua obra não encerra o propósito de crítica à Igreja no Brasil, tão pouco ganha espaço por meio de revelações polêmicas, antes, seu trabalho representa uma “dividia impagável com o Corpo de Cristo” e um compromisso com a verdade, para o bem comum.
Claramente ele faz uma leitura de três áreas da vida da Igreja brasileira, a saber: 1- O rigor tomado pela Igreja, com base na tradição, que tem sobrepujado as Escrituras; 2- O domínio de propriedades da Igreja e da sua geografia, por “donos” que detém setores e constroem “impérios pessoais”; e 3- A fé, como objeto principal da Igreja e da religião cristã, discutindo como ela tem sido sustentada e transmitida por quem ensina e prepara nos meios religiosos.
A igreja é temporal e, por isso, passageira, até que Jesus venha novamente. Assim, Magno nos deixa em seu livro a mensagem de que a Palavra deve ser a pedra fundamental em nosso modo de dirigir a vida e sempre devemos voltar-nos a Ela.
Rebanho de Tolos - Alysson Amorim
A obediência que liberta finca suas raízes no interior do homem, é tecida com a voz pura do obediente; pura pois não deve haver nessa voz, para que o ato de obediência seja efetivamente libertador, nenhum fonema que não seja de estrita autoria daquele que obedece.
A resposta mecânica a estímulos exteriores não é obediência e sim tolice, pois tem sua raiz não no sujeito que responde – que é nesse caso nada mais que um espelho a refletir cenas exteriores – mas geralmente em estruturas de poder, que dependem invariavelmente desses espelhos indolentes para manter no palco o seu teatro surreal.
Suprimir a autonomia do maior número possível de homens é não apenas a forma mais eficaz para estender e manter um poder como também uma maneira de obstar a salvação, originada de uma resposta autêntica e livre do homem à proposta de Deus.
O problema com a Igreja é que ela tornou-se uma estrutura de poder e com isso fez-se não uma semeadora da mensagem salvífica, mas precisamente o contrário, um sério obstáculo à divulgação dessa boa nova, uma estrutura que reclama espelhos que reflitam seus caprichos.
A tolice, me ensina Bonhoeffer, “não é um defeito de nascença [...] as pessoas são feitas tolas, isto é, deixam-se tornar tolas [...] Talvez seja mais um problema sociológico que psicológico. Ela é uma forma particular de influência das circunstâncias históricas sobre a pessoa.” Mais adiante o teólogo alemão, que sofreu barbaramente com a tolice nacional-socialista, afirma: “Qualquer demonstração exterior mais forte de poder, seja ele político ou religioso, castiga boa parte das pessoas, tornando-as tolas.”
O rebanho está inundado de ovelhas tolas que são reproduzidas em toda sorte de divisão celular, em meioses e mitoses. Na conversa com um tolo, lamenta Bonhoeffer – descrevendo com felicidade ímpar a impressão que se tem ao tentar conversar com um crente convicto – “chega-se a se sentir que não é com ele mesmo que se está tratando, mas com chavões e com palavras de ordem que tomaram conta dele. Ele está fascinado, obcecado, foi maltratado e abusado em seu próprio ser.”
Por viver no tempo e espaço em que viveu, Bonhoeffer sabia que “somente um ato de libertação poderia vencer a tolice” e que “uma libertação interior autêntica, na maioria dos casos, somente será possível depois que tiver ocorrido a libertação exterior. Até que esta aconteça, temos de desistir de todas as tentativas de persuadir o tolo.”
O desconcertante é que se queremos espalhar a boa nova o primeiro passo é tirar de cena a Igreja.
Direto do Um Lugar para Quem Acredita que Acredita.